Quero te convidar a fazer uma análise comigo: Na cadeira alimentar o coelho é a “presa”, e nós os “predadores”, correto?
Uma presa, tratada como pet, ou até mesmo como um “filho” por um humano teoricamente “carnívoro”, pode ser uma análise um tanto engraçada por esse ângulo mais pré-histórico.
Friamente, é um tanto estranho na natureza, que um predador morra de amores por uma presa e não tenha nenhuma intenção de comê-la.
Fico feliz que os coelhos estejam ocupando cada vez mais espaço nos corações das pessoas do que no prato delas, pois infelizmente há pouco tempo atrás, eles eram criados apenas com ênfase no consumo de sua carne.
Nós aprendemos a amar algumas espécies de animais e a nos relacionarmos com elas.
Bom seria se todos os animais tivessem essa chance, mas esse assunto não é o foco desse post. Vamos continuar:
Aprendemos a entender a forma como eles se comunicam conosco e ensinamos a eles formas de entenderem o que queremos comunicar a eles. Aprendemos a nos adaptar as necessidades deles e eles, as nossas.
Criamos relacionamentos onde há concessões, adaptações, troca de carinhos, parceria, apego e amor. Os chamamos de “filhos” e nos chamamos de “mamãe ou papai” deles com muito orgulho.
Damos nomes a eles, os quais eles reconhecem como seus. Acontece uma união de universos totalmente diferentes em nome do amor. Ao se permitir viver essa relação, você compreende o universo deles, suas necessidades e as supre, muitas vezes investindo alto no conforto deles.
E eles por sua vez se adaptam, muitas vezes se esforçando para usar um banheiro, mesmo sendo desafiador para eles. Penso que eles tentam entender o que você espera deles, eles ficam no seu colo, ou permitem que você os toque constantemente, entre outras coisas não muito comuns a eles, mas também se permitem por afeto.
Lembre-se que na natureza, nenhum predador fica fazendo carinho em presas. Então seu coelho se esforça e faz a parte dele ao confiar em você. E se ele não deixa, você já entendeu que é uma questão de reforçar a confiança e investir na melhoria do relacionamento.
Você deveria se sentir horando em uma presa confiar em você, sendo você um predador. Saiba que é um voto de confiança que vale a vida, e ele não tem obrigação de fazer isso, mas ele faz.
Os coelhos nos ensinam sobre confiança, sobre amor, sobre adaptação, sobre entender que cada ser tem um universo diferente do seu, que precisam se alguns ajustes e adaptações para “dar certo” mas com um pouco de paciência, amor e compreensão, é possível conviver com alguém completamente diferente de você, com acolhimento, equilíbrio e respeito mútuo, seja esse ser um humano, ou um animal.
Se entendermos isso e levarmos esse olhar sensível para nossos relacionamento com outros humanos, com certeza nossas relações serão cada vez melhores, pois cada ser humano tem seu universo interno e sua forma de ver a vida.
Eu sou cunicultora, adestradora de coelhos e equinos, e hipnoterapeuta. E tenho aprendido muito com os animais sobre relacionamentos, pois ao compreender o mundo do outro, entendemos o porquê da sua forma de agir e a partir dessa compreensão podem surgir as mudanças e adaptações necessárias que trazem conforto, segurança e uma vida feliz.
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Se você quer compreender melhor o universo do seu coelhinho, entre em contato para conhecer nossa consultoria.